Glee Marotos Show

- Desculpe, Dave, mas seus alunos já estão fazendo a festa demais – Linda comentou, irritada, quando Lily e Dorcas desceram do palco. Eu gostei bastante do número, mas parece que Linda não apreciou muito.

- Acho que você ultrapassou muito os limites quando os desafiaram – falei, rindo, levando um copo de cerveja amanteigada à boca.

- Eles exageraram – ela passou pro outro lado do balcão, e começou a passar um pano úmido sobre ele.

- São só adolescentes se divertindo – respondi, enquanto ela tratava de me arranjar outra garrafa.

- Muito metidos, isso sim – ela torceu o nariz. Isso me fez lembrar de nosso namoro, em todas as vezes que ela não gostava de algo que eu fazia ou de minhas companhias.

Continuei sentado, observando Lily e os outros conversando animados sobre seus números do dia, provavelmente. Linda finalmente ia servir algumas mesas, ignorando os assobios e as cantadas de um grupo estranho de viajantes. Quando voltou a se sentar, sorriu para mim.

- Que fim tivemos – ela comentou, com um sorriso de cansaço. – Você é professor e eu sou uma garçonete. Sempre achei que seria diferente.

- Como?

- Éramos talentosos, Dave. Muito talentosos – ela suspirou, se encostando no balcão. – Tínhamos um futuro promissor. Muitas coisas podíamos fazer.

- Ainda há tempo. Não estamos tão velhos – soltei uma risada baixa.

- Mas não tão jovens quanto seus alunos – Linda olhou de relance para Lily. – Como um dia fomos.

Aquela conversa me deprimiu um pouco. Em todo o tempo em que estive em Beauxbatons, eu nunca me imaginei sendo professor. Eu me imaginava numa carreira importante, realmente bem sucedido no que eu fazia. Não, eu não estou reclamando da minha vida atual. Mas naturalmente eu queria mais...

- Olá – uma voz nos acordou de nossos pensamentos. Era Dorcas. – Em nome do coral da Grifinória, nós convidamos você, Madame Rosmerta, a fazer um número final com todos nós juntos.

Linda ergueu a sobrancelha. O tom de Dorcas sugeria novamente um desafio, e seu sorriso confirmava isso. Linda olhou de mim para ela, e não fez uma expressão muito contente.

- Cantaremos ao fundo – Dorcas disse, quando Linda não respondeu.

Ela colocou seu pano de lado e se pôs de pé.

- Tudo bem – suspirou.

- Quer vir junto, Mister D? – ela perguntou, quando Linda já se dirigia pro palco.

- Não, não. Prefiro só assistir – respondi, e então a olhei com desconfiança. – Não está pretendendo fazer nada de estúpido, está Dorcas?

- O quê? Não, é claro que não – ela disse, e eu não soube se acreditava. – É que fizemos tanta festa no pub dela que queríamos que ela se juntasse a nós.

Meu olhar de desconfiança não sumiu.

- Ideia de Alice – ela fez uma careta. – Eu particularmente odiei essa mulher, e só vamos fazer um número básico com ela. Ela até escolherá a música.

Olhei para os outros que se juntavam ao palco. Pelo visto Linda já havia escolhido. Sorri para Dorcas e a deixei ir. Ela empurrou Sean pro lado pra caber no palco. Era pequeno, e todos exceto por Emelina, John (que ainda não tinha permissão pra visitar o vilarejo, mesmo que eu tenha quase certeza que ele arranjou outro jeito) e Beth se espremeram ali pra fazer o número. Linda estava mais a frente quando a música começou.

Last night I got served
A little too much of that poison baby
And last night I did things
I'm not proud of and I got a little crazy
Last night I met a guy on the dance floor
And I let him call me baby

Ah, céus, essa música. Beauxbatons. Adolescência. Uma das melhores épocas da minha vida. Estava na cara que Linda a escolhera propositalmente, pois enquanto cantava e começava a se balançar a frente de todos, seu olhar caía sobre mim.

And I don't even know his last name
My mama would be so ashamed
It started off "Hey cutie where ya from"
And then it turned into "Oh no what have I done"
And I don't even know his last name
Here we go

As vozes masculinas eram as que mais gritavam para Linda, enquanto Dorcas fazia uma careta atrás dela. Os outros cantavam ao fundo e pareciam se divertir, não ligando muito para a dança que Linda fazia. Eu conhecia aquela coreografia. Na verdade, eu é que tinha a criado.

Today I woke up thinkin 'bout Elvis
Somewhere in Vegas
I'm not sure how I got here
Or how this ring on my left hand just appeared
Outta nowhere, I gotta go
Take the chips and the Pinto
And hit the road
They say "What happens here, stays here"
"All of this will disappear"
There's just one little problem

Linda continuava a sorrir pra mim, e cantava com sua voz alta o bastante para sobrepor sobre os outros homens gritando ali. Eu sorria de volta, e aquela cena me levou a alguns anos atrás...

I don't even know my last name
My mama would be so ashamed
It started off "Hey cutie where ya from"
And then it turned into "Oh no what have I done"
And I don't even know my last name

Era como se eu estivesse no palco roxo novamente. Aquele era o palco do auditório, o palco onde nos reuníamos semanalmente para bolar números e mostrar a toda a escola. Dançávamos todo tipo de música, de salsa a valsa, e nunca nos cansávamos. Éramos muito jovens.

Well it turned into "Oh no what I have I done"
And I don't even know my last name
Yeah yeah yeah
Woooo

Mmmm yeah, yeah, yeah, yeah, yeah, yeah
Ohhhhhhh

It started off "Hey cutie where ya from"
And then it turned into "Oh no what have I done"
And I don't even know my last name
Oh yeah

O final da música, os aplausos, gritos e assobios me acordaram para a realidade, me tirando de meus devaneios. Me juntei a aplaudir, enquanto Linda reverenciava. Ela não se deu ao trabalho de falar com James e os outros, o que fez Dorcas lançar um visível gesto obsceno para suas costas. Eu falaria com ela depois.

Queria saber também o que Nina acharia daquilo, e só agora percebi que ela simplesmente sumiu. Olhei ao redor e não vi os cabelos curtos e loiros em lugar algum. Ela estava ao meu lado... Acho que ela não tinha ido embora, pois certamente me avisaria.

Minha conversa com Linda me fez esquecer completamente dela. E isso me fez sentir muito, muito culpado.

Eu tinha ouvido alguma música novamente? Seja o que foi o que acontecera na minha breve ausência, nem me incomodei de ter perdido. Eu identifiquei a voz ardida de Rosmerta no meio das outras, então supus que fosse mais algum dueto estúpido entre ela e David.

Saí do banheiro meio tonta, e com a garganta doendo de tanto vomitar. Isso não era agradável, e nem bom para o pensamento das outras pessoas. Já era para essas ânsias terem passado.

Caminhei entre as pessoas tentando voltar ao lugar onde eu estava junto com David, embora ele nem tivesse notado minha presença. Mais tarde fui descobrir que voltar a ele não foi uma boa ideia.

Dei de cara com ele e Rosmerta muito próximos, e sorrindo. Segundos depois seus lábios se encostaram. Congelei no lugar, observando angustiada aquela cena. Algo dentro de mim se moveu, e me senti enjoada novamente. Ótima hora para eu sentir aquela sensação nauseante de novo. E ótima hora para eu presenciar aquela cena.

Ainda irritada e magoada, observei os dois se separando. Ele falou alguma coisa e ela riu. Me aproximei calmamente.

- David, estou voltando para o castelo – falei, rouca. Ele se espantou ao me ver.

- Nina, oi – ele me avaliou, e sua expressão pareceu preocupada. – Está se sentindo mal novamente?

- Um pouco. Mas é melhor eu voltar.

- Quem é essa? – Rosmerta perguntou, me olhando de cima abaixo. Aquilo me irritou.

- Essa é Nina Baiocchi Stanley, professora de Estudo dos Trouxas – ele me apresentou. – Nina, essa é...

- Eu sei quem ela é – interrompi, minha voz saindo ríspida sem querer. Dei as costas. – Tchau, David.

- Nina, espere – David segurou meu braço e me virou. – Você não pode ir embora.

Fiquei paralisada, olhando de David com seus olhos meio claros e aquela antipática mulher que dizia ser garçonete. Minha cabeça estava bagunçada tanto quanto meu estômago. Meus olhos começaram a lacrimejar, e eu estava prestes a contar a ele, quase...

- Tem razão – falei rapidamente. – Eu não posso ir embora. Tenho que fazer outra coisa antes.

Me soltei do aperto de sua mão e caminhei entre as mesas cheias. Sorri fracamente para Lily e os outros que estavam animados conversando ali, e subi no palco. Ouvi Dorcas exclamar.

Dispensei o radinho e me sentei ao piano. Espero sinceramente que ele estivesse afinado.

Meus dedos deslizaram pelo piano, e a melodia calou todos do pub. Graças a Merlim, o piano estava “tocável”. E eu me concentrei bastante para não errar as notas.

Close enough to start a war
All that I have is on the floor
God only knows what we're fighting for
All that I say, you always say more

I can't keep up with your turning tables
Under your thumb, I can't breathe

Me esforcei para que minha voz trêmula não me denunciasse, ou que detonasse toda a canção. Minhas mãos tremiam e eu suava frio. Fiquei com medo de simplesmente desmaiar ali.

So, I won't let you close enough to hurt me
No, I won't ask you, you to just desert me
I can't give you, what you think you gave me
It's time to say goodbye to turning tables
To turning tables

Minha voz falhou, mas consegui disfarçar. Era difícil não errar nem a letra e nem as notas no piano, e pensar que os olhos de todos se fixaram em mim não estava ajudando. E nem quando lágrimas brotaram e corriam pelo meu rosto.

Next time I'll be braver
I'll be my own savior
When the thunder calls for me
Next time I'll be braver
I'll be my own savior
Standing on my own two feet

Talvez tivessem notado que eu estava meio descontrolada. Era tão difícil esconder que eu estava prestes a sucumbir ao choro, mas ao mesmo tempo eu conseguia pelo menos não cair do banco do piano.

I won't let you close enough to hurt me, no
I won't ask you, you to just desert me
I can't give you, what you think you gave me
It's time to say goodbye to turning tables
To turning tables
Turning tables, yeah
Turning, oh

Quando terminei de cantar, o silêncio tomou conta dali. As palmas começaram hesitantes, porém puxou o resto. Desci do palco de cabeça baixa enquanto ainda aplaudiam, e as conversas já estavam de volta à altura em que eu já tinha saído dali.

Caminhei depressa pelo vilarejo um pouco mais vazio, e subi a rua inclinada. Passei por bruxos e duendes até avistar o começo da estradinha que ia dar em Hogwarts. Porém, notei que alguém vinha atrás de mim.

- Nina! Nina! – era a voz de David. Apertei o passo. – Nina, espere, por favor!

Andar rápido não havia adiantado. David já me alcançou e se pôs na minha frente. Vi seu rosto se espantar ao ver minha situação. É claro, eu estava horrível, chorando, querendo vomitar, e estava agindo feito uma adolescente que estava tendo uma idiota crise hormonal. Bom, metade disso era verdade.

- Pelo amor de Merlim, Nina. Pode me dizer o que aconteceu? – ele implorou, e estava até meio desesperado. Ah, ele devia estar...

- Nada, nada... – resmunguei, e voltei a caminhar. David me segurou pelos ombros, fazendo com que eu ficasse cara a cara com ele.

- Alguma coisa aconteceu – ele insistiu. – Você está estranha há dias! Por favor, me conte o que está acontecendo. Eu quero ajudar...

E o pior é que ele tinha o direito de ajudar. O direito de saber. Que droga. Isso nunca podia ter acontecido.

- Tudo bem – passei as mãos no rosto, para secar algumas lágrimas. – David, eu...

Hesitei, mas ele não alterou sua expressão.

- David – recomecei. – Bem, é... Quando você foi na minha sala, naquele dia... algo aconteceu.

Ele esperou, de sobrancelha erguida. Fiz um gesto com a mão e acho que ele compreendeu. Deu um passo para trás. Enquanto isso, o desespero voltou a tomar conta de mim e comecei a chorar novamente. Droga de hormônios.

- E eu... – solucei. – E eu estou grávida, David.

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Fimmmmmmm do Capítulo!

Próximo capítulo: Não pare de acreditar

Músicas:

1- True Colors
2- No Air
3- Don’t Cry For Me Argentina
4- Singin’ In The Rain / Umbrella
5- Hello, I Love You
6- Alone
7- Maybe This Time
8- How Will I Know
9- So Emotional
10- Last Name
11- Turning Tables

Nosso tópico é o com mais postagens do fórum, YEAAAAAAAH! SOMOS FODAS! \O/

SOSSSSSSSSSSSS

mari qual o nome desse capitulo ? oayraor nao lembro

Marily escreveu:Nosso tópico é o com mais postagens do fórum, YEAAAAAAAH! SOMOS FODAS! \O/

Somos muito fodaaaaaass!! \o/
AAAAAAAAAAAAAAA BABY À VISTA *--* Que lindinhoooooo kk só vai dar o Mister D. tendo um treco UHSAUHSAHUUASUH
Aquele momento que eu leio o nome do próximo capítulo e começo a cantar/gritar DON'T STOP BELIEVIN' HOLD ON TO THAT FEELIN'

"Um dia com Rosmerta" ^^

Carol Werneck escreveu:

Marily escreveu:Nosso tópico é o com mais postagens do fórum, YEAAAAAAAH! SOMOS FODAS! \O/

Somos muito fodaaaaaass!! \o/
AAAAAAAAAAAAAAA BABY À VISTA *--* Que lindinhoooooo kk só vai dar o Mister D. tendo um treco UHSAUHSAHUUASUH
Aquele momento que eu leio o nome do próximo capítulo e começo a cantar/gritar DON'T STOP BELIEVIN' HOLD ON TO THAT FEELIN'

HUAUHAUHEHUAHUAHUAHUA morta

Carol Werneck escreveu:"Um dia com Rosmerta" ^^

ahhh sim obrigada

Mister D vai ter um treco UHSADUHAUDHSUAHUDHAUHDUHD Além de descobrir que conseguiu finalmente ter alguma coisa com a mulher que gosta ela tá grávida. Hoho' só espero que ele não de uma de ''gravido'' e desmaie G.G

Don't stop believin' A-D-O-R-O.
E Carol cê não foi a unica a sai cantando/gritando UHSADUASHUDAUSHDUASDHSUAHDUSHUDHUSHDUHSUAHDUSHUADU F

Maaaaaaan to muito doidona, sério eu acho que so sonambula e ando me drogando so pode ç.ç , ou não.

So estranha.

E to falando sozinha G.G

Pâmela S. Rossato escreveu:E to falando sozinha G.G

Não está, cause I'm here baby kkkkkkk

alo

Ai quando eu saio, elas entram G.G HSAUHDUSAHUDHAU

''por Pâmela S. Rossato Hoje à(s) 12:21 am''
^ São 21:23 e me aparece isso ¬¬'

up

Assisti Titanic pela milésima vez e chorei HORRORES de novo, socorro gente

Eu so a unica que nunca chorei com o Titanic? G.G

http://www.americanas.com.br/produto/7510215/livro-harry-potter-and-the-half-blood-prince-book-6

Não percam essa suuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuper promoção G.G HSAUAHDUASHUDHASUDHUAHUDHUASHU

Another One Bites The Dust[b]